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O que é ensaios Não Destrutivos: qual método escolher? A mcz serviços vai te explicar

Primeiramente, existem diversas técnicas de Ensaios Não Destrutivos (ENDs) que desempenham um papel crucial na inspeção de materiais e estruturas sem causar danos. 

Segundo a GVR – Grand Review Research, em seu estudo Tendências do mercado de testes não destrutivos, estima-se que o mercado global de ENDs deve ter um crescimento anual de 7,9% até 2030 – impulsionado pela demanda crescente por segurança e qualidade. 

Todavia, com tantas opções disponíveis, surge a questão: como escolher o método ideal para sua aplicação?

Este artigo explora os principais Ensaios Não Destrutivos, ao passo que oferece uma análise comparativa para ajudar você a identificar qual técnica é mais adequada para atender às suas necessidades. Continue a leitura para saber mais.

Em suma, Ensaios Não Destrutivos (ENDs) são técnicas de inspeção e análise que permitem avaliar a integridade de materiais e estruturas sem danificá-los. 

Nesse sentido, essa abordagem é fundamental em setores como petróleo e gás, aviação, construção civil e indústrias de base, onde a segurança e a confiabilidade são prioridades máximas.

Então, desde a detecção de trincas superficiais até a identificação de falhas internas, cada método de END possui características específicas que o tornam mais adequado a certos tipos de materiais, geometrias e condições operacionais. 

Por isso, entender a diferença entre os métodos como Líquido Penetrante, Partículas Magnéticas, Ultrassom e Ensaio Visual é essencial para tomar decisões técnicas mais assertivas.

Ensaio de Líquido Penetrante (LP) é uma técnica de inspeção utilizada para identificar descontinuidades abertas na superfície de materiais não porosos. 

Dessa forma, ele se baseia no princípio da capilaridade, onde um líquido de alta fluidez penetra em defeitos como trincas, porosidades ou fissuras. Sendo assim, após a remoção do excesso de penetrante, um revelador é aplicado para tornar visível qualquer falha.

  • Quando é necessário identificar defeitos superficiais muito pequenos.
  • Em materiais metálicos e não metálicos (por exemplo, cerâmica ou plásticos duros).
  • Quando a peça possui ora formas complexas ora superfícies de difícil acesso visual.
  • Método simples, rápido e de baixo custo.
  • Ideal para inspeções periódicas em componentes críticos.
  • Excelente sensibilidade para pequenas trincas superficiais.

Entretanto, o Líquido Penetrante não detecta defeitos internos e não pode ser utilizado em materiais porosos, pois o penetrante se espalharia irregularmente.

Ensaio de Partículas Magnéticas (também chamado PM) é um método específico para materiais ferromagnéticos. 

Em síntese, neste ensaio o componente é magnetizado, e partículas finas de material ferromagnético (seja na forma seca ou em suspensão líquida) são aplicadas sobre sua superfície.

Consequentemente, as partículas se acumulam em áreas onde há descontinuidades, como trincas, indicando visualmente os defeitos.

  • Quando a peça é feita de aço carbono, bem como de outro material ferromagnético.
  • Na detecção de defeitos superficiais como também os ligeiramente subsuperficiais.
  • Em inspeções de soldas, componentes forjados, fundidos e peças usinadas.
  • Alta sensibilidade para trincas superficiais e subsuperficiais.
  • Resultados rápidos e visualmente claros.
  • Excelente para inspeções de campo ou produção em massa.

Entretanto, o Ensaio de Partículas Magnéticas só é aplicável a materiais ferromagnéticos e pode ser afetado por campos magnéticos residuais, bem como peças com formas irregulares.

Ensaio por Ultrassom (US), por analogia, utiliza ondas sonoras de alta frequência para avaliar a integridade interna de materiais. 

Um transdutor emite pulsos de ultrassom que percorrem o material, dessa forma, qualquer mudança na propagação dessas ondas – como reflexões causadas por descontinuidades, é captada e analisada.

  • Para detectar defeitos internos em materiais metálicos e não metálicos.
  • Na medição da espessura de componentes.
  • Em peças de grande espessura, assim também como em estruturas críticas como soldas, tubulações, eixos e vigas.
  • Alta capacidade de detecção de defeitos internos pequenos.
  • Método quantitativo, fornecendo informações sobre tamanho e localização da falha.
  • Não requer acesso a ambos os lados da peça em muitas aplicações.

Por outro lado, o Ensaio por Ultrassom exige operadores qualificados e pode ser mais sensível a superfícies irregulares ou de difícil acoplamento do transdutor.

Saiba mais sobre o Ultrassom Phased Array em nosso artigo clique aqui

Ensaio Visual (também chamado de Inspeção Visual ou ME – Método de Ensaio) é o método mais básico, ou seja, é o primeiro passo em qualquer estratégia de END. 

Analogamente, consiste na inspeção direta ou indireta (com ferramentas como câmeras ou endoscópios, por exemplo) para identificar falhas superficiais, desalinhamentos, corrosão, desgaste, assim como outros sinais visíveis de deterioração.

  • Como primeira abordagem de inspeção, sempre.
  • Após processos de fabricação, como soldagem ou usinagem.
  • E ainda, na avaliação rápida de integridade superficial de equipamentos.
  • Método simples, econômico e rápido.
  • Pode ser realizado em qualquer ambiente com mínima preparação.
  • Ideal para inspeções periódicas e pré-manutenção.

No entanto, o Ensaio Visual não identifica defeitos internos ou ocultos e depende muito da habilidade do inspetor e das condições de iluminação.

Ensaio Visual

Antes de tudo, é importante saber que cada método de END possui vantagens específicas e a escolha correta depende de vários fatores, como, por exemplo: tipo de material, natureza do defeito esperado, acessibilidade e custo. 

Portanto, veja a tabela de forma resumida:

CritérioLPPMUSME
Tipo de defeitoSuperficialSuperficial/SubsuperficialInternoSuperficial visível
MaterialQualquer material não porosoApenas ferromagnéticosDiversos (metálicos e não metálicos)Qualquer
CustoBaixoMédioMédio-altoMuito baixo
ComplexidadeBaixaMédiaAltaMuito baixa
SensibilidadeElevada para superfíciesAlta para superfícies e subsuperfíciesAlta para internosMédia (depende do operador)

Assim, para inspeções superficiais em materiais não ferromagnéticos, o LP é excelente. Em contrapartida, para materiais ferromagnéticos, o PM oferece mais versatilidade, alcançando até defeitos abaixo da superfície. 

Já para avaliações internas ou medições de espessura, o US é imbatível. Por outro lado, para avaliações rápidas e preventivas, o ME é indispensável.

Primeiramente, a escolha do método de Ensaio Não Destrutivo ideal depende do objetivo da inspeção e das características do material e do defeito procurado.

Em muitas situações, por exemplo, uma combinação de métodos é a melhor estratégia para garantir a confiabilidade da análise.

Na MCZ SERVIÇOS ESPECIALIZADOS & Inspeções, utilizamos uma abordagem técnica rigorosa para selecionar e aplicar os ENDs mais adequados em cada projeto, a fim de garantir máxima segurança e eficiência para os nossos clientes.

Entre em contato com a equipe da Mcz serviços especializados & Inspeções e receba uma consultoria especializada.

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